terça-feira, 26 de maio de 2015

quinta-feira, 30 de maio de 2013

FESTIVAL DO BORREGO

PASSEIO PEDESTRE : ROSMANINHAL - MOLHE (RIO TEJO)
“Pastagens do Meu Rebanho” - Integrado no 5º Festival do Borrego


02 de Junho de 2013 - Rosmaninhal

A inscrição deste poderá ser feita por telefone.
Contacto:
277 202 900
968122662
info@turismodenatureza.com
Gabinete de Turismo da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova - Centro Cultural Raiano


Características Técnicas
Distância 13 km
Dificuldade Média
Tipo de Percurso Circular

Informações
Local Rosmaninhal
Ponto de encontro 07h30, junto ao monumento da estátua do Pastor no Rosmaninhal
Formador: Mário Chambino
Início: 08h00
Data: 02 de Junho
Data limite de Inscrição: 30 de Maio até às 13h00

Valor: 7.50€ (inclui o passeio, seguro, reforço alimentar e almoço)

Apoios: AMBITEJO – Associação de Defesa do Ambiente e Património Natural e Construído do Rosmaninhal

segunda-feira, 20 de maio de 2013

FORNO DA TELHA



Forno em ruinas
 
 

Forno recuperado



De há muito que se reclamava a necessidade de restauração do Forno da Telha da Devesa . Este forno já noticiado no Tombo da Ordem de Cristo de 1504, que o situava na Devesa Pública junto da Capela de Santiago, foi durante muitos Séculos cumprindo a sua função. Ao que o tombo deixa perceber ele pertencia á Comenda de Cristo e era dado de renda, extinta esta, provavelmente teria passado para a posse da autarquia que procederia de igual modo.
 
Como tantos outros sobreviveu  aproximadamente até aos anos 50 do século passado, não me parece que a emigração actual para a Europa tenha afetado a produção artesanal da telha. O colapso já se tinha dado.
A dificuldade em arranjar lenha, devido á  pratica de uma lavoura cerealífera intensiva e aindustrialização da telha marselha que começou a fazer concorrência à velha telha portuguesa ou mourisca com a promessa de cobrir mais espaço de telhado em menor tempo,  levou os artesãos a sacrificarem gradualmente uma indústria de grande valor económico e social


Na maior parte das aldeias desapareceram totalmente os fornos e perdeu-se quase a memória deles. No Rosmaninhal existe ainda um outro forno práticamente igual ao da Devesa e situa-se no Arraial do Couto de Santa Marina.

Forno de Telha de Santa Marina
 

Em relação a esta obra de grande mérito para a história do Rosmaninhal, só se tem a louvar. Esta obra e tantas outras já realizadas nestes últimos tempos. Pena é, que com tanto espaço na Devesa Pública se construam os equipamentos uns em cima dos outros e como podemos verificar mais uma vez o forno da telha quase ficou sem espaço para respirar e com uns postes de betão e de madeira a mais.


Transcrevo um texto datado de 6 de Novembro de 1979 e editado na web , que nos ajuda a entender esta atividade.
 
A telha.  Sua importância económica
O fabrico da telha estava ligado a pessoas de um nível social melhor.  Exigia um carro, geralmente próprio, para ir buscar o barro, e ainda uma junta de bois ou vacas para amassar o barro.
Meados de Agosto ou mesmo fins, depois de se terem recolhido as últimas palhas da colheita, e arrebanhado bem a eira, limpava-se o barreiro, poça enorme, capaz de conter 9 ou 10 carros de barro. 
 
Regra geral, os fornos de cozer a telha erguem-se fora da aldeia.  Situam-se quase sempre no mesmo lugar das eiras de malhar o cereal.  Os fornos retiravam-se da aldeia para evitar os incêndios, e também como necessidade de espaço mais livre.
Feitos por pedreiros da terra, as paredes eram de xisto, e as pedras eram presas com barro, quer porque a cal era pouco usada, quer ainda porque o barro é um bom refractor do ar.  Visto à distância, o forno apresenta sempre o feitio de uma pequena mamoa sem terra pela parte de cima.  A terra aglomerada dos lados tinha a finalidade de conservar o calor e facilitar o acesso ao forno.  Dos lados da boca de meter a lenha o conduzindo até lá há quase sempre um caminho ou passagem, ladeado por duas pequenas trincheiras dá terra.  Esta trincheira protegia os homens que metiam a lenha na própria boca do forno.
Fases  do fabrico da telha:
1 - Arrancar o barro - Vinha do baldio, ou também de algumas propriedades particulares. Neste caso pagava-se um tanto pelo barro
2 - Amassar - O barreiro ficava junto do lugar de fácil acesso água.
3 - Talhar o barro - Com uma pá ou sacha larga, cortava-se o barro em cruz e puxava-se para o lado.  Uma mulher apanhava-o o lançava o barro assim cortado para o meio do barreiro. Um homem levava uma hora e meia a cortar o barreiro.  Depois cobria-se com alguns dos seguintes materiais: palha, mantas de farrapos, torrões ou ramos de castanheira.  Quase sempre começava de manhã esta função de cortar o barro.
4 - Execução da telha - O  talhador, homem que recebia com a mão esquerda um bolo de barro, com cerca de dois quilos, deitava-o na forma ou grade - objecto de forma rectangular feito de ferro ­e com a mão direita espalhava uma mão cheia de pó sobre o «talheiro» -tábua onde assentava a forma.  Um bom talhador podia cortar, num dia, cerca de 1500 telhas.
5 - Secagem - À medida que o talhador acabava de fazer a telha no molde - grade - lançava-a para outro molde redondo, chamado «galápio ou galapo».  Uma mulher ia estendendo a telha num eirado, em filas, tirando o galapo de baixo.  Levava cerca de um dia a secar.
6 - Juntar a telha - Aos montículos, colocava-se debaixo de um cabanal, feito de ramos de árvore, se ameaçava chuva, à espera de ir para o forno.  Se o tempo estivesse bom, podia ficar junta no eirado, em pequenas rimas de 4 a 4, ou 5 a 5.
7 - Enfornar - A telha era transportada à cabeça ou debaixo do braço de mulheres ou garotos. Um homem dentro do forno e outro numa escada, encostada às paredes do forno, iam-na dispondo em adagues ou filas dentro do forno.  A primeira camada, que devia levar sete ou oito fiadas, colocava-se no sentido longitudinal, e a camada seguinte, no sentido transversal a esta.  Uma fornada levava a enfornar um dia a sete ou oito pessoas.  A fornada levava quatro ou cinco milheiros, conforme o tamanho do forno.
8 - Cozer a telha - Era à noite que começava esta operação.  Ocupava seis homens, que se revezavam dois a dois para meter a lenha no forno.  Gastavam-se cerca de seis carros de lenha.  O forneiro devia ter tino para distribuir bem o calor à frente e atrás.  Com um ranhadouro de carvalho ou freixo, «abria» ou «tapava» o forno.  Quer dizer, distribuía o calor à frente e atrás, para que a telha cozesse por igual.  Se houvesse calor demais a telha torcia. O bom forneiro conheça, pela cor da chama e estalido característico, se a função estava a correr bem.  Terminada a cozedura, tapava-se a parte superior do forno com torrões, ou também a boca de entrada.  Nalguns lugares ou aldeias, o forno cozia três a quatro vezes por semana.
9 - Desenfornar - Depois de cozida a telha ficava a arrefecer um dia e uma noite, e desenfornava-se ao amanhecer.  Noutros lugares demorava mais tempo a arrefecer. Juntavam-se muitas pessoas, e cada um, conforme podia, levava «carrelos» (um braçado de telha) para a «roda», local onde se colocava a telha.
Além dos homens e especialidades indicados, havia ainda a «enformadeira». Era uma mulher que metia novamente o galapo debaixo da telha, quando estava ainda mole, estendida no eirado. Passava as mãos molhadas sobro a telha, e, com o polegar, aconchegava a telha nos rebordos laterais e na cabeça grande da telha. Esta operação era feita um quarto de hora depois de a telha ter sido colocada no eirado.
Também o«tapador de rachas» era imprescindível. A telha abria fendas e, então, um garoto descalço ou mulher, com a unha do polegar, ou com um guiço, fazia risco sobre a telha, e, com um pouco de barro que levava numa tijela, tornava a alisar.
Os utensílios usados no fabrico da telha são os seguintes:
1 - Grade - Rectângulo de ferro, mais estreito numa das extre­midades, onde se deitava o barro.
2 - Galapo - Molde feito de choupo ou castanho, em forma de telha, e provido de um pequeno cabo, onde se coloca o barro que sai da forma.
3 - Raseiro - Pau redondo, com cerca de 0,30 m de comprimento e 0,05 m de diâmetro, para alisar a telha sobre a grade.
4 - Masseiro - Recipiente feito de madeira ou cavado num cepo.  Contém água para o talhador molhar as mãos.
5 - Talheiro - Tábua larga ou mesa.  Assentava nele a grade, e servia para suporte do barro enquadrado na grade.
6 - Espadagão - Pau comprido, de secção triangular, com que se açoitava o barro para o amaciar, depois de pisado pelos animais.
7 - Rodo - Espécie de engaço para puxar as brasas.
8 - Lata - Vareiro de carvalho ou freixo, com cerca de 5 metros, para levantar a lenha (1).
9 - Ranhadouro - O mesmo que lata.
10 - Latão - Badil grande, feito de folha de ferro, para deitar as brasas sobre o forno (3).


sexta-feira, 17 de maio de 2013

FESTIVAL DO BORREGO





















PASSEIO PEDESTRE

“Pastagens do Meu Rebanho” - Integrado no 5º Festival do Borrego
02 de Junho de 2013 - Rosmaninhal
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968122662
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Características Técnicas
Distância10 km
DificuldadeMédia
Tipo de PercursoCircular

Informações
LocalRosmaninhal
Ponto de encontro08h30, junto ao monumento da estátua do Pastor no Rosmaninhal
Formador:Mário Chambino
Início:09h00
Data:02 de Junho
Data limite de Inscrição:30 de Maio até às 13h00
Valor:7.50€ (inclui o passeio, seguro, reforço alimentar e ceia)
Apoios:AMBITEJO – Associação de Defesa do Ambiente e Património Natural e Construído do Rosmaninhal

sábado, 4 de maio de 2013

NOVO BLOG

Resolvi voltar, peço desculpa aos que me visitem, pela apresentação do blog, prometo que o vou melhorar e trarei noticias em breve

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