sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

LOCALIZAÇÃO DO LAR E "ZONA INDÚSTRIAL"

Como é do conhecimento geral a Santa Casa da Misericórdia do Rosmaninhal tem ao longo destes últimos anos prestado um óptimo e louvável serviço à comunidade, especialmente aos mais idosos, quer servindo refeições no Centro de Dia, quer prestando Serviço Domiciliário, quer no Apoio Social ou outros.

Futuramente avançará com mais um ambicioso projecto, o Lar de Idosos, satisfazendo assim a grande necessidade de apoio completo aos idosos.

Não pretendo com estas linhas contrariar ou contestar esta magnifica obra, tão necessária a todos os Rosmaninhenses, pelo contrário, quero elogiar o desempenho e empenho da Sra. Provedora e de todas as entidades que se esforçam para que esta obra seja uma realidade breve.

Gostaria no entanto de deixar aqui a minha opinião quanto à localização do futuro Lar que segundo consta irá ser construído junto do Forno da Telha na Devesa Pública, espaço este cedido pela Junta de Freguesia do Rosmaninhal. É sem dúvida um nobre e lindo local, concordo. E é por ter estas características que eu gostaria de o ver como sempre o vi, sem nada. Encontro que a Santa Casa e as Entidades envolvidas deveriam continuar a desenvolver esforços para chegarem a acordo com os proprietários dos terrenos junto ao Centro de Dia e concentrarem aí todos os equipamentos de apoio aos idosos, por razões práticas, sossego e de centralidade.

Caso não se chegue a acordo, pois que seja na Devesa, esta obra pela sua utilidade pública justifica o sacrifício do local já escolhido, embora outros locais possam também ser escolhidos para acolher esta obra.

Mais uma vez não pretendo ser contra o desenvolvimento nem contra a possível criação de postos de trabalho, que tanto se desejariam, evitando assim desequilíbrios e desvios sociais. O que pretendo é um pedido de reflexão, quanto à utilização da Devesa. É que, ocupa-se a Devesa pública e deixa-se arruinar o interior da povoação. Há que inverter esta situação.

No plano extraído do Google maps, abaixo publicado, deixo algumas sugestões para ocupação da Devesa Pública. Público também fotos com a beleza avistada do alto onde se situa o forno da telha e que com a construção destes equipamentos nunca mais será a mesma. Reflictam.










terça-feira, 8 de dezembro de 2009

MINIATURAS EM XISTO


Aqui está uma pequena obra de arte feita em xisto. Esta pequena casa é uma obra do nosso amigo Paulo Jorge Carreiro Pinheiro "Castelo Branco", que mais uma vez no surpreende com a sua habilidade de trabalhar o xisto, agora em miniaturas. Força para continuar Jorge, contamos com mais obras.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

AZEITONA E LAGARES

A azeitona sempre foi uma mais valia para o povo do Rosmaninhal.
Embora não seja uma zona predominante de olival, existem na área da freguesia, em especial nos chões e tapadas junto à povoação, assim como nas encostas dos Rios Aravil, Tejo e Erges alguns olivais embora estes últimos se encontrem abandonados e alguns perdidos.

Durante o mês de Novembro procede-se à sua colheita.
A apanha do fruto continua a fazer-se de forma tradicional, por varejamento (já pouco usado) ou através de escadas e feita a sua captura manualmente para cima de panais. Estes panais outrora de sarapilheira são agora mais práticos e feitos de nylon, rodeando as oliveiras e ajustados ao troco.
No Rosmaninhal devido ao porte das oliveiras e por razões de rentabilidade não são usados processos mecânicos
A azeitona é escolhida sendo a mais sã para a talha (conserva) e a restante para produção de azeite. Os últimos lagares mecânicos a funcionar no Rosmaninhal foram o do Senhor Domingos Lobato Carriço “Tarenga” (já desaparecido) e o do Senhor Domingos Mendes S. Carvalho, este ainda existente, mas sem trabalhar. O primeiro situava-se na Devesa e o segundo no Arrabalde.
Desconheço o estado deste último lagar mas seria também um bem patrimonial a preservar, mas tanto quanto sei, alguns apetrechos deste foram levados para o Lagar de Proença-a-Velha aquando da sua recuperação para núcleo museológico do azeite. É assim, quem dá o que tem, a pedir vêm!

Os lagares trabalhavam à maquia, uma parte da produção de azeite era retida pelo dono do lagar como forma de pagamento.
Era costume ir torrar uma fatia de pão ao lagar onde o lagareiro depois deste torrado molhava no azeite novo. A estas torradas dava-se o nome de “tabordas” (noutros locais chamam-lhe “tibornas”).
Também havia no Rosmaninhal o costume de em casa torrar pão e o barrar com toucinho, pois a manteiga era cara.

O Rosmaninhal não acompanhou a evolução desta indústria e perdeu os lagares, tendo como solução para a produção do seu azeite, entre outros, o lagar da Zebreira.
Lagar este bastante moderno onde o processo extractivo é bastante sofisticado e higiénico.

"QUEM NÃO DEVE, NÃO TEME"

Caros conterrâneos no inicio deste blog os comentários aos diversos artigos publicados estavam livres e como tal entravam directos on-line. Nessa sequência entraram alguns comentários que nomeando nomes de pessoas, levou à indignação das mesmas, que de imediato reclamaram junto de mim essa indignação. Assim e porque o objectivo deste blog não é o de criar problemas mas sim resolve-los, decidi retirá-los. Apelo a todos os que futuramente pretendam comentar o façam sempre que possível de forma identificável, dando a cara. Eu sei que muitas vezes o anonimato é a forma de expressão mais adequada e que mais liberdade nos dá.
Também aqui neste blog não será proibido, conto no entanto com a sensatez de quem o fizer dessa forma. Mas também deixo este recado: Quem não deve não teme!