quinta-feira, 13 de maio de 2010

Foral de D. Manuel I dado ao Rosmaninhal no dia 1 de Junho de 1510

Devemos conhecer o nosso passado não para nos vangloriar-mos dele ou alimentar velhas rivalidades entre povoações vizinhas, mas sim para poderemos enfrentar uma nova época em que as fronteiras tendem a desaparecer, sem contudo corrermos o risco da descaracterização cultural que nos particulariza.
Por isso datas como as que vamos comemorar dia 1 de Junho de 2010, merecem ser comemoradas por toda a comunidade, é um dia notável para a história do Rosmaninhal, faz precisamente 500 anos que o rei D. Manuel I, no dia 1 de Junho de 1510 em Santarém, concedeu foral ao Rosmaninhal.

Será que um simples foral justifica ser festivamente comemorado?

Certamente que sim! O foral é a certidão de nascimento de um Concelho, ou a sua confirmação como tal. Por isso não há Município que o possuindo não se orgulhe dele.
O Rosmaninhal a partir desta data, tal como as outras localidades que receberam forais, passaram a sede de Concelho e a possuir o estatuto de Vila, caso, o já não fossem!
E embora o Rosmaninhal tenha perdido o seu Concelho não perdeu o seu território e a sua história e a meu ver o seu estatuto de Vila.

O texto aqui publicado fica em aberto, aguardando sugestões ou correções e vai ser, juntamente com a divulgação do evento, o contributo do blog para as comemorações dos 500 anos do foral.

1 comentário:

eddy disse...

Mário, essas rivalidades sempre fizeram parte da construção identitária dos lugares. aliás, é precisamente nessa intensidade permanente de manifestação da diferença entre esse "nós" e "eles" onde se colocam todos os olhares de valorização e de salvaguarda. agora nota, se a região se modificou, se a agricultura já não representa a operacionalidade nem a centralidade que teve outrora, outras lógicas se impõem. o turismo é uma delas, passou-se de um território enquanto espaço de produção para um território mediado e usufruido enquanto espaço de novos consumos (turismos). é precisamente neste contexto de mudanças associadas ao mundo rural que surgem estas celebrações da origem e da "autenticidade" histórica, essa procura insaciável desse passado longínquo. pois, por todo o país, multiplicam-se às dezenas e às centenas estas mesmas celebrações de cariz medieval e histórico. será isto o que vai "diferenciar"? pelo contrário, o efeito é uniformizar, homogenizar, anular por completo o que cada região possui de capital simbólico a valorizar...
fica a reflexão: serão estas feiras a solução para os profundos problemas que estas regiões vivem?