quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O NOSSO ROSMANINHAL

Aproxima-se o Natal e o fim do Ano, duas datas como qualquer outras se não fosse o facto de na primeira ter nascido Jesus Cristo que procurou ensinar aos homens o caminho da justiça e acabou por perder a vida devido a essa sua predestinação, mas Jesus Cristo sabia que iria ser assim, mas que iria valer a pena. A segunda data, mais calculista tenta ensinar-nos que vamos encerrar um ciclo e que vamos abrir outro e que os simples números do calendário se transformam em honrar os compromissos e iniciar novo plano com objectivos que nos dignifiquem a nós e aos outros. É verdade estas datas fazem-nos falar assim, mas depois ao longo do ano começamos a esquecer-nos, era bom que tentasse-mos corrigir esses desvios.

Tudo isto para iniciar uns pensamentos que quero partilhar com quem me quiser dar ouvidos. Não é já novidade para ninguém que o tempo das vacas gordas, isto para quem as engordou, já acabou, vêm ai tempos difíceis. A nossa terra, a par de muitas outras, está assistindo a um envelhecimento. Envelhecimento que se reflecte nas pessoas, nos imóveis, na paisagem, no fim de contas, em tudo. Como já alguns apregoam, daqui a 50 anos só existirão ruínas.

Vamos ser realistas é verdade que existe um envelhecimento do mundo rural, isto por falta de condições, trabalho, ensino, saúde, laser, etc, etc. mas também é verdade que existe ainda muita gente nova e que “a necessidade aguça o engenho” e o mundo rural pode ser a solução para os tempos difíceis que poderão vir. Portanto não partilho de forma nenhuma estas ideias pessimistas e temos é que levantar a cabeça e fazer do Rosmaninhal uma terra com vida e para a vida.
A Juventude está novamente procurando sair do Rosmaninhal, os cafés estão a fechar, a vida agrícola está a acabar e tudo isto porque os Rosmaninhenses estão sozinhos! - A Assembleia de Freguesia não existe a Junta de Freguesia limita-se a gerir os seus… afazeres! - o cemitério, o parque automóvel, a caça associativa. A pouca mão-de-obra necessária para estes trabalhos vêm de fora havendo desempregados na povoação, o tão ambicioso projecto inicial, que volto a publicar para poderem recordar, está praticamente esquecido, o dinheiro provavelmente gasto, ninguém sabe das contas da Junta, se é que estão feitas!. 
O projecto da zona Industrial parece ter morrido no inicio, existindo apenas a salsicharia, que abrirá brevemente.

Assim será mais difícil fazer do Rosmaninhal a terra que todos gostaríamos de ter, assim não funciona correctamente o lema dos Mosqueteiros!

Mas enfim, tudo isto são ciclos e o Rosmaninhal como todas as terras tiveram melhores e piores épocas, mas nunca foi o fim e também não será agora, seguramente!

Resta-me desejar a todos um feliz Natal e um próspero Ano Novo.




Nunca é demais recordar o que a Junta de Freguesia prometeu aos Rosmaninhenses quando se candidatou, aqui fica então essas promessas:



2 comentários:

Anónimo disse...

Olá "googler"..., eu li este pedaço de escrita, e deixo já os meus parabéns pela iniciativa da sua parte, é sempre bom haver alguém que se preocupe com os afazeres da terra. Mas eu pergunto-me se o aldeão não tem a sua culpa na atitude com que tem tido para com a sua aldeia e seus aldeões...é que muitas das pessoas que fazem parte das aldeias , ao invés de educarem os seus conterrâneos a serem mais cooperativos, para com a sua aldeia e lhes ensinarem a não errar como os mesmos erraram,como por exemplo a maneira de como vêem o desconhecido e interagirem com o mesmo.Tem que haver cultura num povo, para esse ver o mundo e adaptarem-se ao mesmo...com os mesmos costumes mas maneiras diferentes.

Anónimo disse...

Antes de mais peço desculpa de tardiamente desejar que tenham tido todos os rosmaninhenses um BOM NATAL e que o ANO NOVO seja pelo menos mais risonho e traga a todos nós paz e tranquilidade, quero também desde já com as minhas palavras dar alento para que este site na internet se mantenha vivo graças ao Sr. Mário Chambino, li o que escreveu e quer apenas acentuar de que o Rosmaninhal além de poder ser uma alternativa aos tempos difíceis que se irão manter e creio se irão agravar, deveria ser uma aposta mais séria para aí se poder trabalhar e viver, muito há a este tema a acrescentar, assim escrevo porque passei e neste momento estou a passar experiências que nos enriquecem culturalmente e nos trazem paz e alegria à maneira de ser de cada um de nós, aonde vivo temos energia eléctrica durante 11 horas intervaladas por vários períodos durante as 24 horas, a água há em abundância mas temos de a carregar pois a canalizada só aparece duas vezes por semana, e isto faz-me recordar quando pequeno se ia à fonte e à noite se iluminava as casas com candeeiros a petróleo, na minha casa tenho três candeeiros, aqui não há ambulância, nem a comodidade de um bom transporte, um carro (táxi) para cinco pessoas aqui é para oito e cabem todos e ao som de uma bachata se vai falando da crise que se encara com um leve sorriso e se culpa essa gente politica, à noite ouvem-se tiros e se há a necessidade de sair por alguma razão mais forte sempre nos acompanha o famoso "machete" e nunca há o receio de se o utilizar, apesar de muito mais poder escrever quero apenas acrescentar que apesar de todas as dificuldades que temos aqui conseguimos viver com alegria e tranquilidade e sempre que se chama um vizinho para nos levar à noite ao hospital ele está presente, aqui descobri que raramente se passa fome, porque há sempre um prato de arroz, um platano com ovos, o Rosmaninhal fechou-se em casa, o português é vaidoso, inveja o vizinho, há a excepção, como sempre fui e cada vez mais serei altruísta, apesar de ter estudado, o meu modo de ser obriga-me a pegar em pá e picareta e ajudar estas pessoas humildes a ter um melhor fornecimento de água e luz como já o fiz por algumas vezes, sou o único branco a residir neste povoado e estas gentes têm por mim um carinho que é enternecedor, os dias passam e a minha alma se enriquece cada vez mais, sem querer ser enfadonho peço que meditem um pouco sobre o que acabei de dizer e não se culpe de ânimo leve seja quem for, informo o Sr. Mário Chambino que caso queira omitir este meu email o poderá fazer. Que Dios estea siempre en vuestros corazones.